Aprenda a identificar o azeite adulterado ou de baixa qualidade





O consumo de azeites de oliva adulterados ou de baixa qualidade pode trazer riscos à saúde. Em muitos casos, os produtos são misturados com óleos refinados, oxidados ou mal armazenados, podendo conter substâncias que aceleram a perda de benefícios.


No início do mês de junho, oito marcas de azeite de oliva foram desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por fraude. Em maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também proibiu a comercialização de algumas marcas.



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“As análises confirmaram que os produtos não atendem aos requisitos da Instrução Normativa nº 01/2012, que estabelece os padrões de identidade e qualidade do azeite de oliva. Foi detectada a presença de outros óleos vegetais em sua composição, o que caracteriza fraude”, afirma o Mapa em comunicado.



Como identificar o azeite adulterado



  • Desconfie sempre de preços abaixo da média;

  • Se possível, verifique se a empresa está registrada no Mapa;

  • Confira a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações do Mapa;

  • Não compre azeite a granel;

  • Esteja atento à data de validade e aos ingredientes contidos;

  • Opte por produtos com a data de envase mais recente;

  • Procure por selos e prêmios internacionais no rótulo;

  • Azeites de qualidade costumam estar em garrafas de vidro escuro;

  • Verifique o cheiro e aspecto do produto.



Faça a escolha certa


Para não cair em armadilhas, é importante prestar atenção ao produto no ato da compra. Alguns sinais simples podem indicar se o azeite é confiável ou não.


“Observe o rótulo com atenção. Ele deve mostrar a data de envase e validade, a origem do produto, o nome do produtor e ter lacre de segurança. A embalagem também importa: vidro escuro é essencial para proteger o azeite da luz e do calor”, explica a chefe de cozinha e especialista em azeites de oliva Leninha Camargo.


Ela explica que a presença de selos como Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP), e de prêmios internacionais respeitados, são bons indicativos.


Mão masculina segurando um recipiente com azeite e despejando em uma tigela cinza - MetrópolesO azeite traz inúmeros benefícios à saúde, se for de boa procedência

Análise sensorial


Segundo a especialista, a análise sensorial continua sendo uma das ferramentas mais eficazes para identificar defeitos e garantir que um azeite seja, de fato, extravirgem. Ela detecta falhas que os testes laboratoriais não captam, como ranço, mofo ou fermentação, e por isso é indispensável no combate às fraudes.


“O consumidor confunde acidez com picância. Mas a acidez indicada no rótulo é um parâmetro químico, não sensorial. Sozinha, ela não garante qualidade. É possível ter um azeite com baixa acidez e mesmo assim ele estar oxidado ou até fraudado”, alerta.


Teste do congelador


O famoso “teste do congelador” para azeite, onde se observa se ele solidifica após um período exposto a temperaturas baixas, não é um indicador confiável de qualidade ou pureza. Leninha destaca que, embora o azeite de oliva contenha ácidos graxos que solidificam em baixas temperaturas, o ponto exato varia de acordo com a variedade da azeitona, clima de origem, frescor e até com o processo de extração.


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