COP 30: mais uma oportunidade para o povo contribuir, afirma Márcio Macêdo





Ministro da Secretaria-Geral da Presidência fala sobre a participação social durante a COP 30, como ocorreu durante o G20 Social, e como vai funcionar a implementação do Acordo do Rio Doce

Sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas deste ano (COP 30), o Brasil quer usar a experiência inédita do G20 Social no ano passado para promover a participação social durante o evento que vai ocorrer em Belém, capital do Pará, no mês de novembro. Foi o que afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, durante o programa Bom Dia, Ministro desta quarta-feira (29/1), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).


É a secretaria comandada por Macêdo que organiza a participação popular no evento e define o conteúdo, temas e espaços de gestão do Governo Federal e da sociedade civil na construção coletiva das discussões. Além disso, será alinhada a relação com os movimentos sociais do Brasil e dos outros países que estarão presentes na conferência.




“Nós estamos discutindo como é que vai ser esse processo de participação. Como os movimentos e a sociedade vão se organizar? Do ponto de vista livre, autogestionado, como se faz, ou do ponto de vista da inserção nas políticas que serão discutidas pelo chefe de Estado? Como nós vamos organizar para que a visão do povo, dos movimentos, possam chegar até os chefes de Estado, possam influenciar nessas decisões? Esse é um desafio que nós temos e vamos construir a várias mãos”,


“Eu não acredito em nada que é feito sem o povo. Então, o povo terá mais uma vez uma oportunidade, sob a liderança do Brasil, de poder contribuir para um tema tão significativo como a mudança climática”, explicou o ministro




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Márcio Macêdo também afirmou que a orientação é que todos os ministérios possam estar atentos à necessidade de ter o olhar para a participação social e diálogo com o movimento social organizado, e falou dos temas que devem ser discutidos durante a conferência.


“É um momento significativo na história do mundo, com muitos avanços da extrema-direita, de setores antidemocráticos, de negação da ciência, de negação de um fenômeno que é real, que está acontecendo, que são as mudanças climáticas, que têm interferência direta na vida das pessoas, na indústria, no comércio, na agricultura, que pode estar criando, neste momento, uma categoria de seres humanos que são os exilados do clima, os que são esquecidos nesse processo pela influência nefasta dessa mudança climática”.


“Nesse contexto, os mais pobres  são os mais atingidos. Aqueles que vivem nas periferias das grandes cidades, que vivem nos rincões do mundo e no Brasil profundo, é quem sofre as maiores consequências. Então, é isso que nós queremos debater. Como será o financiamento disso? Qual a disposição do mundo, dos países desenvolvidos, que são os chamados desenvolvidos, industrializados, que são os mais responsáveis pela contribuição às mudanças climáticas. O Brasil está fazendo o seu dever de casa (na questão climática)”, disse o ministro.


Rio Doce


Durante o bate-papo com radialistas de várias regiões, Márcio Macêdo falou sobre participação social no Acordo do Rio Doce. A repactuação foi assinada em outubro de 2024 entre Governo Federal e empresas envolvidas no rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), ocorrida em 2015.


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Além da previsão da criação de um Conselho Federal de Participação Social para assegurar a participação direta dos atingidos no acordo, estão previstas a constituição do Fundo de Participação Social para destinar R$ 5 bilhões para investimentos em projetos deliberados diretamente pelas comunidades atingidas, assim como o início de uma caravana para ouvir os movimentos sobre ações a serem implementadas e que informe sobre o acordo para as vítimas mineiras.


*Texto em atualização


Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministro






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